
NO dia doze de Novembro, Avô
Enviado falou com os profetas Ageu, Habacuc, Amós que eram os líderes máximos
da igreja de Luanda e com os pastores da Direção Profética Mundial. Ele disse: “Vós
me recebestes e me destes tudo para me alegrar, Mas a minha felicidade será
completa, quando entenderdes o programa que me trouxe até vós. Vós tendes o
Espírito de operação, o mesmo Espírito de entendimento é que vos fará saber o
programa que me leva no Norte. Tende a certeza da missão que vós estais a
cumprir nesta província; porque nesta feira da vaidade, é difícil ficar uma
pessoa que segue corretamente as pisadas de seu Bom mestre. Mas, graça à Deus,
aqui tem ainda um rebanho unido e fiel ao seu bom Pastor. Pois é neste rebanho
que eu vim.
Antes, eu vinha sozinho, mas agora
viemos muitos; hoje veio uma delegação. Começamos com quatro pessoas, depois
viremos com doze, depois com quinze e finalmente estaremos aqui com vinte e
quatro pessoas. Ali vós sabereis na verdade, que tudo está ligado. Daqui a três
dias descerá para o país vizinho do nosso e que fala duas ou três de nossas
línguas nacionais, duas delegações comandadas por esses dois líderes que fazem
a guerra. Porém, os mesmos líderes são mandados pelo Dono dos líderes que fazem
a guerra.
Sabei vós, que tudo está ligado,
porque o dono dos líderes que fazem a guerra é quem dirige esta delegação que
veio primeiro antes das duas delegações que irão naquele país vizinho.
Durante um ano inteiro haverá
conversações, desentendimento e quem sabe? Suspensões. Mas o sucesso vem aí; o
cheiro da paz tão almejada envolverá os narizes de todos os angolanos, à partir
dos mais ricos até os mais pobres do país. O gosto que esta trégua trará, será sentido
por todos, até pelo bebê que está para nascer, porque a paz terá o gosto de
Lusaka, que em umbudu é mesmo a Lusaka ou olosáka e que significa beringela.
Todo angolano vai gostar ao recebê-la Mas, como a paz verdadeira não vem sem a
ausência do guerreiro, serão enterrados primeiro, os demónios da guerra, mas já
sem Lusaka ou beringela. Mas para isso, levará mais três anos e meio e muita
gente irá com o pai dos demónios da guerra.
Nós também teremos muito trabalho
e sacrifício para trazer a paz.
Nem todos hão de nos entender, até
vós mesmo que agora nos ouvis e bateis, palmas não entendereis nada da missão
que nos trouxe aqui e ainda seremos desprezados por todos vós, a partir do
vosso chefe máximo até vós os seguidores. Mas o interesse do povo é o nosso
dever, depois de cumprirmos tudo, iremos para casa.”
Depois Avô Enviado mandou fazer
quatro batas e quatro fitas com a palavra Kalekela e disse: “Depois de vocês
nos virem vestidos com esta roupa, verão o resultado:” E aconteceu mesmo. Três
dias depois, saíram de Angola para Zâmbia, duas delegações dirigidas por
Emanuel Lopes Higino Carneiro, do governo e Eugénio Manuvakola, da Unita. Estas
delegações estiveram na capital da Zâmbia; Lusaka, onde, durante um ano e cinco
dias, tiveram conversações para se obter a paz em Angola com entendimentos e
desentendimentos, idas e voltas de Lusaka para Luanda, Bailundo e vice-versa,
encontrou-se uma plataforma de entendimento denominada Protocolo de Lusaka.
Ora, os Kalekela estavam seguindo par à passo todos os acontecimentos de
Lusaka. Sem mesmo se aperceber, muitas pessoas sabiam alguma coisa sobre o
trabalho que o Avô Enviado e os Kalekela faziam espiritualmente em prol da paz.
Não eram só os crentes que sabiam disso; Policias, militares de ambos os lados
em guerra e povo em geral, sabiam do serviço espiritual do Kalekela. Quando
viam um dos Kalekela vestido de bata e fita á cabeça com o distintivo Kalekela
Paz, pediam, dizendo: “Orem, por favor, á Deus e façam isso com fervor, para
que ele nos dê a paz e nos tire destes males.” Quando as delegações se
retiravam de Lusaka para Luanda e Bailundo, respectivamente, para consultarem
ao governo e a Unita, o que deviam fazer, Avô Enviado e seus Kalekela,
retiravam-se para o deserto à fim de buscar mais força e segurança para o
trabalho duro que levavam. Os Kalekela saíam de Luanda, antes que as delegações
saíssem de Lusaka e vinham do Ebo antes que as delegações fossem de Angola para
Zâmbia. Quando os Kalekela não se entendiam, lá em Lusaka não havia
entendimento. Como Avô tinha dito na reunião com a igreja, tudo estava ligado.
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