PALAVRAS NA LINGUA DOS ANJOS
Estas são algumas palavras e seu significado, captadas pelo Repórter do Yah; palavras que os anjos ensinaram aos Apóstolos de Cristo, no dia de Pentecostes e também ensinaram aos entendidos na matéria espiritual. Só que mesmo os próprios estudiosos da Palavra Viva de Deus não conseguiram, por séculos, este significado e começaram a traduzir estas importantes palavras em outras formas. Aqui estão as palavras e sua interpretação:
HAN: -Quer dizer, está muito bom, está melhor.
TCHOVALLO: - Obrigado, valeu e melhor ainda.
SHALOM: - Esta palavra é já conhecida por muita gente; em hebraico significa paz, acalmia e harmonia. O Shalom é usado na saudação, não só para os hebreus, outros países também usam-no para desejar bom dia e boa viagem a alguém. Alguns angolanos, principalmente os Kalekela, saúdam-se: Shalom irmãos!
TEKI: - As vezes pronunciam, Tequel; como está escrito no livro de Daniel 5; 27. Mas é mesmo Teki e significa peso, falta de saúde, mal e desastre.
TEREM OU TERÉM: - Quer dizer, basta! Nego! – Ou: Está no fim!
HEEM: - Tristeza, ira, zangas e mal-estar na família.
SHI OU SHIYI: Significa desprezo, fazer pouco caso da pessoa ou coisa importante; por exemplo: Se tu disseres alguma coisa importante ao teu amigo, mesmo o teu amicíssimo, e ele desprezar as tuas palavras de vida e bom senso, dizemos que esse amigo não presta, é tolo, porque te deu um “shi” ou “shiyi.”
SESSÉ: Esta palavra é muito importante e usa-se mais para desejar boa viagem ao alguém que está viajando. Também é usada a palavra Sessé, para despedir-se de alguém ou de muita gente; mas Sessé quer dizer, aliança que Deus fez no passado com o seu povo, a Aliança eterna que Ele fez connosco por meio de Jesus Cristo. O próprio Sessé é que é Aliança que Yahweh tem feito com os que acreditam nele. Com este Sessé, Yahweh perdoa todos os dias, os pecados deles e protege-os de todos os males, dos azares e do próprio maligno, Satanás, o diabo. Sessé também quer dizer, amor de mãe com seus filhos, amor entre marido e mulher, amizade profunda e sentimento ou sensação. Sessé é tudo o que vem do coração. Primeiramente, o Sessé vem do coração de Deus e depois é transmitido por Ele aos homens.
Sessé também é pessoa; Sessé é espírito. Por isso ele fica triste, quando a pessoa comete um pecado grave ou quebra o mandamento que Cristo deu aos que nele confiam; este novo e eterno mandamento é o amor. Ora, se Deus é amor, significa então que o Sessé é Deus. Mesmo assim, a pessoa diz: “Eu tenho um grande Sessé com a minha companheira! Tenho Sessé pelo meu amado.” Etc. Muita gente jura pelo Sessé de Yahweh, quando o que essas pessoas dizem é verdadeiro. Eles dizem: “Juro pelo Sessé do Eterno Deus, que o que estou dizendo é a verdade!” Se o teu irmão dar-te um abraço, ou enviar pelo telefone, uma saudação à distância e te disser: “Sessé para ti, amigo!” Retribua-lhe com o mesmo Sessé; e assim darás à essa pessoa boa vida e ânimo para viver.
SESSE: Sesse quer dizer, consolação e perdão. Quando queres pedir perdão ao anjo que estiver zangado contigo ou com todos da vossa comunidade, ou se quer pedir perdão à Yahweh pelos pecados dos teus irmãos, não digas: “Perdão ou desculpa-me, ó pai!” Se fizeres isso, nunca receberás o perdão, nem por ti, nem pelos teus amigos. Para receberes este maravilhoso perdão, diz: “Sesse, ó meu Deus. Sesse por mim e pelos meus irmãos!” E assim recebes sem demora, o perdão que mereces, perdão por ti e pelos teus. O Sesse também cura um enfermo, consola um contrito de espírito, faz calar um nenê chorão e dá paz aos que brigam, etc. Se tens um amigo ou companheiro triste e desanimado, e este companheiro conhece a aliança ou Sessé de Yahweh, grita-lhe só assim: “Sesse, meu amigo!” E assim, restituirás a vida ao teu companheiro que estava morto, dando-lhe mais forças e ânimo para trabalhar e seguir avante.
domingo, 30 de dezembro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
CAPITULO5 A PRIMEIRA VISITA AO KAHUMBI
CAPITULO5 A PRIMEIRA VISITA AO
KAHUMBI
No dia 25 de Abril do ano do peso
1993, a irmã Madalena Kissinga, corpo do pai Mayamona, veio ao Condé centro com
um recado que ela dizia que era uma mensagem do Deus Eterno, que dizia: “ Avô
Enviado, o pai Ovelha, um secretário e duas meninas, devem ir em missão de
serviço no bairro Hengo na igreja central!”
Mayamona habitava no corpo da
mulher chamada Madalena do Kayango; a mesma senhora vinha daquele bairro do
outro lado do Nhia em visita à igreja do Condé. Quando Avô soube da mensagem,
disse: “A minha hora não chegou ainda! Quem disse que eu iria à igreja do
Hengo? Se é o corpo do Mayamona, aquele corpo não conheceu o programa que me
trouxe aqui!”
“Pai Ovelha!” disse Avô ao jovem
que acabava de entrar. “Estás disposto a ir ao Kalengo?”
“Não estou.” respondeu Ovelha. “Mas
vamos só, porque já é programa!” Avô Enviado disse então:
“Nisto, veremos se é o programa do
Eterno: Nós iremos até Panga; se não formos desviados para a direita ou para a
esquerda, isto é, se não formos à Kahumbi, ou Ndalambiri e irmos directamente
ao Hengo, então o programa é do Eterno. Se formos desviados, o mesmo programa é
o plano da carne.
E saíram juntos. A igreja escolheu
Almeida Alberto, secretário adjunto da igreja do Condé e corpo profético do Avô
Enoque, para secretário da comissão e duas meninas com 15 anos de idade; a
Waika e a Laurinda, para acompanharem a comissão e dois corpos que levam o
Espírito. O menino Da gama de 13 anos aproximou-se da comissão, vindo das suas
brincadeiras na casa de Matamba, que também estava na comissão.
Da gama gritou para o grupo: “Meu
Pai Rei! Ó pai Ovelha meu irmão!
Eu gostaria de ir convosco, mas
esta viagem é da dúvida! A comissão não chegará ao destino! É da dúvida.”
“Quem é que de entre nós tem
duvida?” perguntou Ovelha.
“Ninguém!” respondeu Da gama: “Mas a missão é
duvidosa.”
“Deixem-no!” gritou o secretário; “
O que este está dizendo não tem fundamento algum! É uma criança de nada!”
Montaram-se em bicicletas e foram, rumo à
Panga. E o pequeno Da gama seguia-os, clamando: “ É da dúvida! É da dúvida!
Essa viagem é da dúvida!”
Porque é que se usava só
bicicleta, porquanto podia-se utilizar carros como meio de transporte mais
rápido? Ora, em 1993 a 1994, o país estava em guerra; uma guerra jamais vista
desde que Angola se libertou dos seus escravizadores e tornou-se uma nação.
Naquela altura não havia carro que circulava naquelas paragens, pois Micael
ocupava aquelas áreas. Depois estava sob controlo dos Jemeias; é ali onde havia
comida para as cidades. Os carros só andavam nas cidades onde os sabeus controlavam.
Mesmo o Ebo, onde Avô Enviado estava, era ocupado por Micael. Por isso é que os
homens faziam das bicicletas carros para viagens mais longa e transportes
também.
A comissão partiu, rumo ao Hengo.
Mas apôs terem os eleitos passados à Diquita, Avô Enviado disse ao grupo: “
Agora é que vamos ver! Essa viagem não vai bem!”
“Porque é que não vai bem, ó Avô?”
perguntou Almeida. “−Será que acreditas nas palavras do menino Da gama?”
“Sim, acredito.” respondeu Avô; “Mas
não é só isso, desde que começou a nossa viagem, não vimos nenhuma formiga
preta, Zeu e já saltamos 3 filas de formigas vermelhas, as Quissondes; assim a
viagem está teki.”
Porque é que Avô Enviado diz isto?
Pois, como vós sabeis, Avô entende tudo o que os animais falam; e no tempo de
guerra ou de tempestade, tanto Avô como os Profetas do Yahweh, tinham um sinal.
Se vissem no caminho uma ou duas filas de formiga bravas Zeus, ainda que
tivesse ou não formigas quissonde, o tempo e a viagem estavam bons. Se vissem
somente formigas quissondes em fila, ali tudo estava mal e isto é seguido até
hoje.
Caminharam até chegarem no bairro
Panga e como o Avô disse, e antes, o menino Da gama tinha anunciado, aconteceu
mesmo! Encontraram no bairro um chefe dos Jemeias com o seu grupo; o homem
chamava-se Bembua.
O Jemeia mandou-os parar e
perguntou-lhes se donde vinham e para onde iam.
E o secretário respondeu pela
comissão, dizendo: “Viemos do Condé centro e vamos ao bairro Hengo em missão da
igreja.”
“Com esta guerra?” ralhou o Bembua. “Ainda vós
rezais? Não sabeis que os sabeus ocuparam a nossa área? Dai-me cá as bicicletas
ou vamos todos!” E era verdade. Estavam mesmo em guerra. Porque apôs ter
arrebentado o Ndundo pôs-eleitoral, os Jemeias, sob controlo do Arcanjo Micael,
ocuparam todo o município do Ebo e suas comunas, como também a Kibala das mãos
dos sabeus, sob comando do comandante Daniel, conforme profetizou Kavunga
Yahweh. E no mesmo dia 25 de Abril em que Avô Enviado foi enviado pela igreja
do centro Condé à igreja do Hengo Ebo, é o mesmo dia em que os sabeus atacaram
a comuna do Condé; e os Jemeias estavam se retirando em debandada para os
lugares de Balaia e Cassequel. Avô Enviado desceu da bicicleta e foi ter
com o homem que os mandou parar e disse-lhe:
“Ó chefe Bembua! Por favor, não
faça este mal a nós, teus Servos! Deixa-nos passar e iremos ao Calengo para
cumprirmos a missão que Deus entregou aos seus discípulos…”
“ Também? Ireis ao Kalengo pois!”
ralhou o Jemeia. “Com essa guerra, ó gente? Ou, vós sois espias dos inimigos?
Dai-me as bicicletas, ou mato-vos, seus sabeus!” E apontou a arma a eles. Avô
respondeu: “Vossa chefia! Quem domina hoje será dominado amanhã! Nós não somos
espias do inimigo, como vossa chefia diz, e se tu dominas os homens, quem é
dominador do mundo dos homens?” Bembua exclamou: “Ó dominador! Não é contigo! É
com os teus companheiros que não querem ajudar-me. E eu os ameacei de morte.”
Avô Enviado disse: “Mais velho! O teu Deus vai ser Juiz entre mim e ti. Veremos
quem errou!”
Um jovem guarda pessoal do mesmo Jemeia, saiu
do grupo e veio até onde o Avô estava, saudou-o e disse-lhe: “Eu ouvi que és um
artista do mundo e Rei da música. Agora não tens só uma cassete da tua igreja?”
“Bem dizes que sou!” exclamou Avô.
“Mas, não toquei ainda; tocarei depois do programa.” Então o chefe Bembua
gritou ao jovem: “Deixa ali o dominador do mundo e vamos embora. Este homem é
grande Profeta! O seu melhor discípulo é o Micael, do Kahumbi. Vamos!” E
começaram a andar. Os dois corpos vates; Matamba e Moisés foram com eles à
Balaia. Avô Enviado entrou no bairro, muito indignado. Deixou o secretário em
casa da mãe do Balú, a mãe Esperança; Avô Enviado e o pai Ovelha continuaram a
viagem; não mais ao Hengo, mas ao Kahumbi. Foram sem a Harmónica, como era o
costume, porque tinha ficado com a Waika. E não passaram por estrada, mas
entraram pela muphanda (bosque à dentro), andando em caminho atalho. No caminho,
Avô amaldiçoava o plano daquele chefe mau, dizendo: “Maldito seja a obra do
chefe que tem pelo nome “paz” mas o que ele faz é só impiedade! Ele será
derrotado; mas não deixará que o Arcanjo perca o comando por causa dele.”
Enquanto Ele ainda falava,
surgiu-lhe um velho com os seus quatro filhos jovens. Ovelha afastou-se do Avô
Enviado, querendo fugir porque pensava que eram outros jemeias. Avô disse:
“Agora já és Pedro, pai Ovelha? Se é ndundo é ndundo mesmo! Não
tenha medo! Comigo estás seguro! Mas esses não são Jemeias!” E era verdade! O
velho aproximou-se deles, saudou-os e disse: “Avô Rei Dá Vida! Melhor é que vá
a Kahumbi, salvar teus filhos.” Avô Enviado respondeu ao velho: “Na verdade,
por tu conheceres a verdade, ela te libertará. Mesmo nessa guerra ou na paz que
vem, tu e os teus filhos viverão felizes e em paz.”
“A
kahome akio ayi kia?” (Os mesmos homens Jemeias,
já foram?) Perguntou ele.
“Xó, maji tua xiya kia ki ya
longila oyima yó.” (não; respondeu o pai Ovelha. Mas deixamo-lhes a arrumarem
as coisas deles.) O velho e os filhos despediram-se do Avô. Medrosos e
desconfiantes, andaram devagar; pé no caminho e pé no capim, com medo dos
Jemeias. Porém, Avô e Ovelha foram apressadamente ao Kahumbi. E às dezenove
horas e dezoito minutos (19h e 18m). Já estavam na classe Tocoista do Kahumbi.
O bairro estava movimentado. Ninguém tinha fugido para as matas; mesmo assim,
os Jemeias consideravam aquela área como deles. Avô Enviado e o pai Ovelha
encontraram ali muitos rapazes e raparigas conversando ou namorando; um desses
rapazes é Zito Domingos, que depois tornou-se um discípulo de Yahweh e
Então, eles dirigiram-se à casa do
representante da igreja, o qual os levou ao tabernáculo. De imediato, um fiscal
da classe que vivia ali perto do tabernáculo, foi apressadamente em casa do
dirigente de coro, avisá-lo, que se preparasse para, com o seu grupo, receber a
grande Pedra, (Avô Enviado de Deus). Ali, apartaram-se um do outro. E passaram
de casa em casa, avisando o povo de Yahweh para ir ao Tabernáculo e
encontrar-se com o Enviado. Cada responsável tratava o que lhe pertencia;
enquanto o fiscal avisava os velhos (representantes) da classe e os Profetas, o
mestre do coro enviava o seu grupo ao Tebe (tabernáculo de Deus) Meia hora, a
classe estava bem movimentada, bem alegre e mais “in,” mais brilhante que a lua
em quarto crescente; até desafiava o barulho medonho e feio do mussonguir
(trevas do pecado) que se fazia no meio do bairro, por causa da guerra. Ora,
quando se recebia visitas da igreja em qualquer classe ou centro, os
representantes não se preocupavam assim como agora. Porque a igreja donde
provinha o visitante, saia uma carta ou certificado de visita; Ou os visitantes
vinham trazidos de uma guia.
Mas este visitante era diferente
dos outros. Não recomendou ninguém, não trouxera nenhum certificado ou guia,
encontrou o povo desprevenido, pois ele vinha como um ladrão e não era
conhecido por todos.
Toda gente alegre, gritava na sua
língua, dizendo: “Tuie tua keke Inviado! Tuie tua mungeke!” (Vamos ver o
Enviado! Vamos vê-lo!) Todos entraram, menos os que não pertenciam ao Tebe.
Mas, para surpresa deles, depararam-se com uma coisa teki; os dois hóspedes
estavam tristes e amargurados.
Os representantes e corpos
Proféticos da igreja, na classe do Kahumbi, estavam preocupados e aflitos, ao
verem o Avô Enviado triste. Mas os jovens, não sabendo de nada, estavam somente
interessados para verem o Avô que um dia viram cantando e tocando na
inauguração da casa do Lunga, o tabernáculo de Deus em Kibala.
Queriam ver o Avô que Pedro
Maurício, o representante da igreja do Ebo vira e falara dele ao povo. O Avô,
que era e é a Nova Caixa da Aliança Eterna, depois da antiga, a de Isaías.
Todos os jovens estavam preocupados e perguntavam, se onde estava Ele. “Pi weti
mbepo? Avô Inviado; yu in ó Yó?” (Onde está Ele? É este o Avô Enviado ou é
aquele afinal?) Mostravam o Avô Ovelha. “Eti nga, ó yu!” (Parece ser este!) Diziam
outros, apontando ao Ovelha. Eles diziam isto; sabes porquê? Porque Deus deu ao
Enviado um Espírito e uma face que chama à curiosidade. Ora; quando alguém anda
ou senta-se com Avô Enviado no mesmo sítio, a cara do mesmo muda e fica
parecida com a do Enviado, e os que o vêem dizem que é Ele ou irmão dele.
Ora, mesmo tu, se ficas com o
Yahweh, todos dirão: É Ele! É irmão dele, ou ainda: são gémeos! Por isso é que
todos os presentes naquela assembleia solene, se confundiam com pai Ovelha,
pensando que era mesmo Avô Enviado. E isto continua a prevalecer aos homens até
hoje. Começou então o programa de recepção de visita, como é o costume da
igreja Tocoista. É o costume da igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo,
os velhos e os profetas darem o abraço espiritual aos visitantes; mas com Avô
Enviado não foi assim. Eles ajoelharam-se todos, pedindo ao Avô que desse-lhes
o poderoso abraço do Yahweh que dá saúde e vida em abundância.
O Avô, que é agora conhecido como
o Pai nestas paragens, como faz-se participar também da nossa ignorância,
perguntava-se a si mesmo se o que queria dizer aquilo. Com o pai Ovelha à frente,
o Pai Rei abraçava a todos, enquanto o coro cantava o hino da recepção.
Naquela mesma hora em que o Pai
Enviado e o Ovelha davam o abraço à igreja, o Espírito Santo alerta os
representantes: Pedro Maurício Gomes; Profeta ou Anjo Micael, Agostinho Viegas
Pai Abraão, Manuel Pinto Daniel, António Cazombo Jeremias, e o secretário
Manuel Mavó; sendo eles, os corpos mais importantes da classe, o Espírito
disse-lhes: “Aquele que vocês virem um pouco receado e quase desconfiando, é
aquele mesmo, o Pai, a vossa Pedra do Ângulo, o Avô Enviado!” Os dois
visitantes abraçavam à todos, até chegarem aos representantes que foram alertados
pelo Santo Espírito; O pai Ovelha deu o abraço aos velhos. Eles alegraram-se em
seus espíritos, mas não agiam como Profetas a não ser os jovens. Chegando
porém, a vez do Pai, ao abraçar ainda um representante, aliás, o primeiro, o
Espírito desceu à todos, velhos e jovens. Todos estavam cheios do poder dos
altos e profetizavam. Os corpos importantes da classe manifestavam assim o Pai:
“Este é o Pai, o Nosso Pai! Os filhos da Kibala chamam-no “Avô.” Não se sabe se
Ele é o Avô por ter netos humanos na vontade de homem. Se afinal Ele é Avô, é o
Eterno Avô; o antepassado de todos os Avós desde a criação do mundo, o justo
Abel. Mas Ele é tão jovem para ser um Avô como o primeiro Adão.
Ele é Avô! Avô pelos seus feitos,
pela sua sabedoria, seu cuidado para com os filhos. Mas também o Eterno Deus
jamais é Avô ou padrasto. É Pai!
Por isso, bendito o que vem em
nome do Senhor. Este é Pai, porque cuidará dos seus filhos espirituais e
naturais. Salvá-los-á dos inimigos que nos rodeiam nesse tempo teki de guerra,
principalmente na nossa área, Ele escolherá seus alunos para trabalharem com
Ele em prol da paz. Fará selecção de alunos em alguns bairros.
Virá com eles numa escola de
coragem trabalhando no duro para trazer a paz neste país teki. E a paz virá,
certamente! Depois, quando a paz estiver implantada no país, o Menino será
desprezado e não será ninguém; andará de cima a baixo. É o incansável
trabalhador, mas os homens dirão que Ele anda disperso. Os seus filhos
abandoná-lo-ão e seguirão aos outros deuses e senhores e farão eleições e
votarão aos seus deuses-homens que serão capitães que, segundo eles, conduzirão
o povo do Egipto para Canaan e vencerão os Faraós! Mas eles se cansarão e o
reino deles não irá avante. Ao fim do ano 2000, vai ser quebrado.”
Depois da intervenção do Espírito Santo, foi
dado o tempo, ou os representantes deram a palavra ao Pai Enviado.
Mas Ele não quis, pois estava tão
triste e pesaroso; por isso deu o tempo ao pai Ovelha. Este agradeceu pela
recepção feita a eles. Depois, pela inspiração do Nosso Rei da Gloria, alertou
o povo do Alfa e Ómega para os tempos maus do tempo teki que vem e deu-lhes bom
ânimo, incutindo confiança aos filhos queridos do Alfa, dizendo: “Coragem,
coragem filhos do Alfa! Não tenham medo! Vocês já têm o que os grandes e
poderosos do mundo não têm, o vosso Redentor, aquele que vos dará a paz mesmo
nesse tempo teki! Não tema ó pequeno rebanho.”
O povo ouvia atentamente e admirava, porque a
voz era mesmo a voz que se ouvia no Lunga.
Os filhos do Alfa não estavam
ainda satisfeitos, apesar de ouvirem as palavras de coragem do Nosso Rei na
Caixa do pai Ovelha. Queriam ouvir mais do Pai.
Então o Pai Enviado levantou-se e
todos aplaudiram. Saudou com a paz à igreja e fez saber à igreja o porquê da
sua tristeza. Contou-lhes tudo o que aconteceu ao grupo que estava indo ao
Kalengo Hengo, em trabalho da igreja. Ele disse: “Os homens que estavam andando
connosco, eram muito duvidosos e também são ainda muito jovens, não ouvem o que
o Espírito diz. Por isso, em vez do bem, foram todos levados por Bembua. Ele
disse que o secretário escolhido pela igreja do centro Condé para a comissão,
foi levado com eles, porque o programa não era mesmo do Yahweh.
Só ficou a Waika e a Linda,”
terminou Ele, “duas meninas escolhidas também para nos acompanharem.”
Então, Pedro Micael, o representante e Profeta
local disse à todos: “Isto é felicidade! É sorte grande! A pedra preciosa tinha
sido enviada aos lugares mais distantes da nossa banda. Mas Deus viu que aquela
igreja ainda é nova. O seu povo ainda não conhece o que é esta Pedra e o que é
duro da Pedra. O povo precisa ser ensinado e educado na lei, só assim conhecerá
o que nós conhecemos agora. Louvem a Deus por isso! Por enquanto ainda é nossa
sorte, Amen.
CAPÍTULO 5 A PRIMEIRA MISSÃO DO KALEKELA
CAPÍTULO 5 A PRIMEIRA MISSÃO DO
KALEKELA
Depois de ter estado dois dias em
Lianguila, por ter assistido às bodas do casamento do Bilió, Avô Enviado partiu
com os seus sete companheiros ao Condé; levando consigo o pequeno Chache da Gama.
No caminho, encontraram Kavonde, o
Jemeia que vinha da vila de Kibala para o bairro Kilala. Kavonde perguntou-lhes:
“Já terminou a festa em Lianguila? Já vieram de lá?” Eles disseram:
“Já voltamos de lá! A festa
passou-se bem, sem teki (sem problemas).”
“Um dia” disse o Jemeia. “Também vou
vos convidar no meu casamento.” Eles desataram a rir; deixaram o Jemeia seguir
o seu caminho e partiram para vila, onde encontraram Raul que os despediu e
encomendou-lhes boa-viagem. Da vila, partiram para Condé centro. Matamba tinha
levado na sua bicicleta, o Avô Enviado e a Waika. Domingos Canguitessa levou a
Florinda e o Domingos Manuel Kindemba, o Da gama e a Cecília Ndumbo-Yatema;
andaram tão bem, mas ao chegarem no meio da descida que vai ao riacho Lolo do
Kayango, a descida onde muitos já tombaram com os seus velocípedes com ou sem
motor. Ali, o Matamba, vaidoso de sua experiência como motorista, largou o
travão da bicicleta, metendo-a numa grande velocidade. No meio dele um Anjo veio
ao Avô Enviado e disse-lhe: “−Como te chamas?” −Avô respondeu dizendo: “Chamo-me
Enviado.” O Anjo perguntou: “Como se chama o teu primeiro e o último filho?”
Avô Enviado disse: “Chama-se Chache Noé.
“ Ainda desce da bicicleta, ó Pai.”
Disse o Anjo. Avô Enviado gritou em voz alta, dizendo: “Tchovallo!” E saltou da
bicicleta em velocidade perigosa. Depois de estar em pé, deu três pinos e foi
ao encontro do Anjo.
A bicicleta continuava sempre em
velocidade, e Matamba já nem respeitava os saltos; queria chegar depressa e
pensava que Avô Enviado estava em cima da bicicleta! Enquanto o grupo seguia o
seu caminho, Avô Enviado estava ali assentado com o Anjo; o Anjo disse ao Avô
Enviado! “Tu és Avô, mas serás o Pai, Filho e Avô do mundo, dos tempos e dos
escolhidos.
O teu discípulo e filho, será
chamado Jedid Adama ou Edjoaray Da gama. Se Chache é Sorte, Jedid ou Edjoaray é
o Amor, é o desejo, Paixão e felicidade para todos. Quem quer o desejo e a
paixão, que receba dele! Até a esposa dele não sabendo nada aprenderá dele e o
povo dela. A felicidade brotará do teu corpo ó shiló! A tua missão é trazer paz
e felicidade á terra! Mas o mundo não verá como tal, porque és pessoa sem
formosura.
Mas os que tu escolheres,
principalmente o teu filho é que apresentará ao mundo a tua felicidade a tua
sabedoria o teu poder. Quanto á ti ó Shiló, os teus nomes virão com as missões
que farás. Na primeira missão serás chamado Kalekela; porque és um Soldado
valente. Salmos: 45-22. Na segunda missão serás chamado Kavunga; porque
cobrirás e protegerás os filhos de toda espécie do mal. Salmos: 91-1-14.
Mateus: 23-37. Lucas: 13-34. Na terceira, serás chamado Yahweh Alfa e Ómega
Mayete, porque o Reino será eterno.” Salmos: 76-23.
Então, Avô respondeu: “Tchovallo! Seja feita a vontade do
Yah!”
Caminharam à toda
pressa, até que passaram a ponte do riacho Lolo e chegaram à subida que dá
acesso ao bairro Kayango, mas sem o Avô com eles. Waika olhando para tras,
disse assustada: “ Vejam só a maravilha que o Pai mostrou à nós! Vejam a greve
que fez para connosco! Ele não está em cima da bicicleta!” Manuel Kindemba
gritou ao condutor: “A Matamba! Eye Pi
waxia Avô Enviado? Wa mu laula né? Mbepo eye kutena kuendessa!” (Ó Matamba!
Onde deixaste o Avô Enviado? Deixaste-o cair? Afinal não és um bom condutor!)
“Xó!” respondeu
Matamba. “Muene, muene wa thuka kolu li xikaleta. Ki kulauka, olio ingo mana
Waliange, mukonda eye weti ku lumbungu. A mano, Pai wamuinjia kia! Oyo mué
prova yé; mukonda mungua maliwano!” (Não! Se fosse para cair, a primeira pessoa
seria a mana Waika, porque ela é que está no tubo a frente. Ó irmão! Tu já
conheces o Pai; Ele mesmo saltou da bicicleta, é prova dele! É o homem das maravilhas.)
Enquanto eles iam andando e
ralhando-se a si mesmo, eis que o Avô Enviado estava descendo a correr e
atravessou a ponte do Lolo, até chegar junto deles. Waika ao vê-lo, disse: “
Vejam. O Pai está ai!”
Domingos Kindemba perguntou: “Afinal quem é este
Pai?” Matamba respondeu:
“É aquele a quém vocês chamam de Avô Enviado.”
Domingos disse:
“Nós conhecemos por Avô Enviado e não por Pai,
porque Ele é Avô como outros corpos e reina com o Rei David.”
“E o Avô Isaías” replicou Matamba. “Ele
reinava com quem? Vocês estão enganados se dizem isso; se Ele é Avô e Pai
também? Ele não é um inspirado; inspira e dá vida.”
Então, Avô chegou e subiu na
bicicleta; continuando eles o seu caminho, passaram o bairro do Kayango e
atravessaram a ponte do rio Nhia que na altura estava destruída pela guerra.
Meia hora depois, chegaram ao Condé centro, onde foram bem recebidos. Naquela
hora, quando o povo dizia: Bem-vindo, Da gama que era um menino muito
brincalhão, gritava também: “Oh! Chegamos ao Condé; bem-vindo Condé e viva Ebo.”
No Condé, Avô Enviado não cruzava
os seus braços; começou já a trabalhar; Reunindo os velhos da igreja,
ensinando-os as leis e os mandamentos, porque ainda eram novos. Também visitava
os doentes e curava-os.
Formou também um coro do Condé,
antes de escolher o seu grupo, Avô visitava todas as classes que compõem a
igreja do Condé; as classes que são: Kahumbi, Cassequel e Kissuquila; por vezes,
com o pai Ouro ou com o pai Noé e com as pessoas do Condé. Ele não faltava
também em dar uma rotina à Kibala. No tempo que os Jemeias rusgavam homens e
mulheres para as suas fileiras, Enviado era o Pastor Rei David naquela altura;
não deixava que alguém dos seus filhos fosse agarrado. Quando eles apanhavam um
deles, Avô ia buscà-lo, sem demora; custasse o que custasse. Por isso é que Avô
Enviado era precioso aos olhos de todos. Muitas pessoas, principalmente moças,
pensando ao contrário acerca dele, diziam entre si e em sua lingua: “Momo kia
Avô Enviado kasoñona! Tupu ki kietele… Olio ngó tuamono, mukonda muthu weli
kashate e kamaneka la muali!”( É porque Avô Enviado não casa; mas se fosse
assim, seriamos ricos; porque ele é uma pessoa incrível e não aparece duas
vezes)
sábado, 22 de setembro de 2012
CAPÍTULO 3 A VOLTA AO LIANGUILA.
CAPÍTULO 3 A VOLTA AO
LIANGUILA.
“Ó pai! A partir desta vez, eu vou
viver e trabalhar aqui. E não é somente
nesse lugar; chegarei mesmo até lá em cima, nos confins do Ebo e noutro lado do
rio Jordão (Keve). Nisto, respondeu o Ouro “E vais deixar Kibala, o Centro dos teus
trabalhos?”
“- Por isso é que eu tenho de
deixar” −disse Ele – “O centro já é centro mesmo, e não precisa de mais ajuda.
E já tem os trabalhadores do Pai à frente, já tem a igreja formada. A Direção
Profética Mundial já está lá! Qual é mais trabalho? Só vou ainda trabalhar aqui
para ajuntar num só rebanho as outras ovelhas que não estão ainda no aprisco do
Bom Pastor”. João. 10-16.
O Pai Ouro disse outra vez: “Em Kibala, o Pai
Enviado já é conhecido; os seus programas estão apontados, porque é que o Pai
não termina os trabalhos lá onde começou? Para quê aqui?” Avô Enviado disse:
“Eu sei que aqui eles não conhecem
nem a mim nem o meu programa! Mas agora vamos nessa:
Onde foi achado o Nosso Tetra
Isaías, o de Verde? Não é num povo que não perguntava por Ele?
E o povo com qual Ele se habituou?
Não disse ele:” estava ali todos os dias a estender as minhas mãos à um povo
rebelde?” Isaías: 2-2. Romanos. 10-23.
De manhã muito cedo o Enviado
levantou-se da cama antes do pai Ouro acordar; Ouro dormiu muito tarde, às três
horas da madrugada, pois, antes não conseguia pegar no sono, porque pensava nas
palavras do Avô Enviado na noite anterior; e pensava mais nos nomes novos que
nunca ouvira antes, nomes como Tetra Isaías e homem de Verde; Ouro guardava tudo
isso no coração e prometeu perguntar um dia ao Avô Enviado. O Avô estava em
casa do jovem Almeida, secretário da classe e
corpo do avô Enoque. Ali, uma jovem chamada Delfina, irmã do Kimanga,o
dono da casa onde estavam os hospedes, o chamou e disse: “Quando é que o Mestre vai regressar?” O Avô
replicou:
“Quem é este Mestre?” ela
respondeu: “É a Pomba que dá paz em África! O Avô que eu falo és tu, ó Pai!”
Avô respondeu:
“Eu não sou Mestre nem Pomba da
paz, eu sou o Ninguém! Sou apenas um Enviado, um Servo!
“ Afinal? respondeu Delfina: “−Esse
Capulo é só para os que não te conhecem nem te vêm! S. João. 7-11.
A minha questão é só esta: quando
é que o Pai regressa ao Lianguila?” Avô respondeu: “−Regresso hoje.
Fina disse; “Segundo a tua promessa. Quando é
que viverás conosco aqui?” Avô respondeu: “Já estou convosco aqui.”
Fina respondeu: “Em Espírito,
estás sempre conosco; mas o Caixa, quando é que estará aqui?
Avô: −“Só habitarei convosco aqui quando vocês
ou um de vocês ser a minha mãe! Eu quero que o Mestre me diga: Menino! Eis ai a
tua mãe, já que eu não quero viver á custa da igreja!” S. João 19-27.
Fina: −Quem é o Mestre senão o Ham? (Bom e
Melhor)
O Avô Enviado saiu daí à correr, deixando a
Fina com a pergunta sem resposta e apressado, entrou em casa onde estava o
velho Barco Noé. Ali também estavam
algumas moças que queriam ver Avô. Ele porém, entrou tão depressa no quarto sem
dar palavras à ninguém. E as moças que estavam com os hóspedes eram. Florinda,
Henriqueta Luis Waika, Cecilia e Fina. Elas também não o chamaram, porque
tinham medo dele.
“ Já é tarde!” gritou Avô aos dois. “Já é hora terceira, vamo-nos
embora para Lianguila, terra da nossa banda!
“Ehé!” esclamaram elas em coro: −Mbepo Avô
Enviado emomó? Omané kuitima kuo a sepele anji, eye kia yosakala omo? Kusakale
Avô! Akui anji oñeyi yo apuile; tumana!” (O Avô Enviado afinal é assim? Nós os
seus filhos e filhas ainda não estamos satisfeitos e Ele já está apressado para
ir? Não apresses ó Avô; a nossa vontade de te ver ainda não terminou).
“Não, não.” exclamou Ele. “Kuelawa!” (Já é
tarde demais) Todos os que estavam presentes, sorriam admirados porque nunca,
nunca ouviram o Avô falar Kimbundo. O Avô Enviado saiu do quarto e foi para
árvore da casa do secretário, onde estavam o pai Ouro e o pai Noé, corpo do Rei
David.
Saíram da casa de visita com as
suas sacolas; preparando-se para viagem; Eduardo, Ouro, ao abrir sua mochila
para tirar seu casaco, os que estavam ali apreciando o Avô Enviado, diziam uns
aos outros: “ Keka! Mbepo yoyé muene sê kutuxikilako ngoho! A tu teyeleko anji
koteke!” isto é: Vejam só! Ele já vai, sem tocar só um pouco para nós? Que
experimente só para a gente ver! −Eles diziam isso porque viram na mochila do
pai Ouro, a Harmónica do Avô. Imediatamente, um jovem chamado Paulo foi à sua
casa; e no instante trouxe um rádio gravador e uma cassete áudio e deu-os ao
pai Ouro, dizendo: −“Eu não vos permitirei ir embora, sem que o Pai-nosso, o
Artista deixe três músicas nessa cassete, para recordar a voz do grande homem.”
Assim, a volta ao Lianguila estava impedida; também, a mocita Florinda trouxe
essa nova:
“O soba regente deste bairro pediu
para a visita não ir embora ainda.” Os hóspedes ficaram cheios de medo com essa
notícia; pensaram que vinham tropas no bairro, que impediam os viajantes. Mas o
que veio do seu desespero é outro; o próprio soba veio aos visitantes, não para
anunciar sobre impedimento na via, mas para dar graças a Deus por tudo de bom
que o Avô Enviado fez, durante a sua estadia no Condé centro.
O regente, ou soba, trouxe um galo
e deu o ao Kalekela. Estando ele de joelhos, disse:
“Nga sakilila,” (obrigado) Pai
Rei! Eu nunca dormi bem à vida toda! Mas com a tua presença, já sou livre,
porque estou de saúde e curado!”
Com o pedido do povo daquele bairro, Avô Enviado tocou as
três melhores musicas que alegraram os corações deles; todas as músicas eram
boas; mas eles preferiram mais o Muene ubana ó muenho (Ele te dá vida) e o toka
kia ku muenho (vinde já na vida). Avô Enviado, com estas musicas, foi visto e
consagrado como o melhor dos artistas do mundo. Não é porque Ele não tocava
antes; Ele é o artista dos artistas. Ele toca e canta; também faz artes
plásticas. Mas gravou a seu próprio disco para todos saberem dos seus trabalhos.
Depois disso, despediram-se deles, e foram em direção à Cassequel. Mas o povo
do Condé não gostou. Queria que eles dormissem outra vez, a fim de lhes dar um
kembo (regozijo) no serão. Os do bairro, da igreja como os do mussonguir metiam
a culpa aos dois mais velhos. Diziam: “Owo assakala mbepo! Tua mesene olio ngó
ozeka lingi. Ákulu ki andala uya, á liange! Exe só tu muxindila!” (Eles afinal
são os que apressaram! Se os velhos querem ir, que vão! Depois nós iremos com
Ele.) Mas o povo todo do bairro os acompanhou até ao campo. Ali havia no total
120 pessoas, isto é, homens e mulheres; afora as crianças. Desejando-lhes boa
viagem a Lianguila. Passaram a noite no Cassequel e na segunda-feira seguinte
vieram até ao Lianguila e contaram todas estas dicas à igreja.
O Avô Enviado Kalekela começou a
sua missão percorrendo toda a Kibala e arredores. Passando em bairros onde há
classes ou paróquias dos filhos do Yahweh. curando os doentes que Ele
encontrava e animava os que estavam tristes por causa da guerra que assolava a
sua terra.
Os bairros onde o Avô andava mais,
eram: Lianguila, seu lugar de residência, Cathamba, Quimone; Cabezo, Lunga,
Mungango, Humbué e Kahana, em cada classe o Avô Kalekela só fazia uma noite ou
mesmo um dia. Mas deixava todos animados, confortados e curados.
CAP2 NO CONDÉ CENTRO
CAP2 NO CONDÉ CENTRO
No dia 3 de Março de 1993, o
Kalekela, com uma comissão da igreja de Kibala composta por seis pessoas, partiu
do bairro chamado Lianguila Lolo, para Kayango-Nhia, em visita aos irmãos na fé
em Cristo. Os membros da comissão eram: Catamba:
Manuel Campos Daniel, secretário
mundial; Domingos José Alberto, secretário da classe.
O
Segunda Manuel «Mbanga», corpo do Avô Ananias, como um enviado.
Lianguila: Eduardo José Bumba, pai
Ouro secretário do Yahweh.
Noé Sebastião Ngunga, corpo do Rei
David, Musico; Ovelha Simões Ngunga, Celikuata Anjo. Apocalipse: 2
O Kalekela era o sétimo.
Enquanto os outros quatro separavam-se do
grupo e entravam no bairro, pai Ouro, como era o representante dos vates da
linha da Gabela e o Rei David, decidiram seguir caminho para Condé, área do Ebo. Chegaram no
bairro Condé Centro onde eles foram bem recebidos pela igreja local; o Kalekela
não era conhecido naquelas paragens, ouviram só por alto que havia na Kibala,
para além do Profeta Isaías, um outro Avô: Avô Enviado, mas quem é nascido do
Espírito sabe que o Tetra Isaías é o Kalekela. E no mesmo bairro havia muitos
de olhos abertos que entendiam isto. Entendiam, como Samba, a pequena antiga
amiga e mãe do Menino, no Cubal seis Pontes, ela tinha dito: “Ele será Nosso
Rei, Ele dará paz aos que não têm paz. “veja o livro Quem é este? O titulo: O
Menino é Rejeitado. Eles entendiam como João Honório, António Carlos, Armando
Afonso e outros.
A fama do Avô Enviado, o Kalekela
correu por todo o bairro, e muitas pessoas ao ouvirem que Ele veio ao Condé Centro,
movimentaram-se e foram à casa do secretário adjunto da classe; Manuel Domingos
Kimanga.
Ali, tanto os do Yahweh, e os do
mussonguir, isto é, crentes e não-crentes, estavam todos lá. A casa estava tão
cheia de pessoas, que nem os próprios donos da casa conseguiam entrar para
tirarem alguma coisa. Ainda Ele não tinha mostrado a sua Harmónica ou acordeão,
o que o povo precisava ver e ouvir; Mas eles já comentavam. Uns diziam:
“−Wa yambata!” (Ele levou a
Harmónica!)
Outros duvidando, diziam: −“Héé!
Kayambete!” (Não a levou! Não!)
Naquela banda, assim como em
Kibala e Luanda, os corpos inspirados eram ou são ainda chamados Avô. E os
velhos da igreja do Condé chamavam assim ao Avô Enviado conforme eram
considerados os outros corpos inspirados.
Então os representantes da igreja
em Kibala, pai Ouro e velho Noé, reuniram com os representantes no Condé que
ainda eram novos nessa Igreja Tocoista, para esclarecerem-lhes algo sobre a lei
de Deus e a regra da
Referida Igreja de Cristo. Depois
de terem cantado o hino de recepção dos visitantes e dado os agradecimentos,
foram ao tema em conversas.
Então o pai Ouro tomou a palavra e
disse:
“Bem, meus irmãos; já sabemos o
modo de respeitar os Nossos Mestres da Igreja, chamando-lhes por estes títulos:
Ao secretário chamamos assim: Nosso secretário, ao representante; Nosso ou
irmão representante. Assim também aos anciãos, evangélicos, pastores, doutores,
fiscais, diáconos, vates e mestres do coro. Para mais pormenores, concedo o
tempo ao velho Noé. Kota Barco; tens a palavra. O kota Noé é corpo do Rei David
e conhece Avô Enviado.”
“−Eu” −respondeu o velho Noé −“vou
ensinar-lhes o modo de saudar o Nosso Avô Enviado, o respeito e outras coisas
mais. Olhem irmãos meus. O nosso programa não é tratar assuntos da Igreja hoje;
mas nós viemos escrever o livro da Nova geração. Isto é: Cumprir o que nos traz
aqui; o programa de trazer a Arca de segurança e paz para vocês.
Mas como os irmãos perguntaram
para saberem, nós vamos responder.
Quanto ao que vocês querem saber,
o modo de chamar aos mestres das Igrejas, está certo conforme o nosso
responsável da Igreja da linha já explicou. Agora, sobre vates; o Nosso Rei
Messias nunca deu esse termo: vate, aos corpos inspirados, mas disse: corpos
que levam os Profetas ou Profetas, ou ainda, corpos Proféticos. O título corpo
vate é usado pelos “Panzos” (Tocoistas fingidos) e pelos que dizem que o
Espírito Santo não é pessoa, mas dizem que é uma força ativa de Deus. O modo de
podermos viver com os Profetas é este: Quando o povo estiver reunido em
adoração à Yahweh, e um Profeta penetrar no corpo de alguém para alertar ou
consolar, vocês têm que ouvir atentamente e também devem respeitar o corpo onde
o Espírito habita, para que não entristeça o Espírito Santo. Efésios. 4-18-20.
O nome que devemos chamar ao
Profeta no corpo ocupado, não é tio, mano ou senhor; mas sim Avô, pai, Mestre
ou mister. Nós devemos honrar o corpo inspirado, mas não adorá-lo; para que ele
não se glorie e não caía como Lúcifer. Isaías: 14-13. Mateus. 4-8. II
Coríntios. 12-3.
Quanto ao Avô que está conosco,
Ele não é nenhum corpo habitado por um Profeta. Ele é aquele que os mais velhos
falaram: “Kuzembe ngolo ya!” Ele não é somente um avô, como os avós sobas. Se
Ele é avô então, é avô dos avós dos avós dos avós, como disse o Rei Messias.
Por isso Ele não deve ser chamado avô ou mister; Ele é Pai e Mestre, é Kavunga
(Protector, Ele é a Galinha que cobre seus pintos de baixos das asas dele, por
isso é que Ele é chamado de Kavunga Yahweh. Mateus. 23-31-35.
Vocês podem chamá-lo: Nosso Rei
Kavunga ou Yah.”
Então Kavunga, tomando a palavra, disse:
“Quando eu estava na Kilenda, os da Assembleia de Deus chamavam-me Nosso
Enviado.”
Os velhos da classe do Condé
ouvindo isto, riam-se e murmurando diziam: −“Atopo! Yamuasenó eti Nosso Enviado,
Eti nga kieli owo amundumu!” (Eles, os da Kilenda, são tolos! Chamam-lhe Nosso
Enviado, como se fosse Servo deles!)
“Não vos disse eu” descreveu o Rei David, “não afirmei que Ele é
avó dos avós dos avós dos avós? Ele é tudo! Ali, quem tem ouvido e não somente
orelha, que oiça,” terminou o Rei David.
Quanto ao modo de saudar o
Kalekela, o pai Ouro disse:
“−Vocês podem e devem saudar o Pai
Rei, de manhã, à tarde e à noite, ainda que Ele viva conosco no mesmo bairro ou
na mesma casa. Quando vocês estiverem a saudar o Pai, não fiquem longe,
gritando: Olá Pai! Ou bom dia! Como fazem os filhos das trevas.
Ao saudar o Mestre Yahweh, você
aproxima-se dele e ajoelha ou senta-se e diga: Shalom (Paz) Nosso Rei ou diga
ainda: Sessé ou Canimambo Yahweh, ó Pai!
Que quer dizer: Bom dia, Boa
tarde, boa noite e obrigado Pai. Depois dê o seu abraço a Ele, não é porque nós
fazendo isso, adoramos um homem na carne como dizem uns do número 10 o mal e
vaidade, e os pregões de meia tigela das Igrejas desta terra.
Mas, como diziam os mais velhos. “Eye Kuzembe ongolo ya; kapuete iki opinduka lakio! Ki wa
keka mussungu wa sanji, menekena! Sanji kete liepala.” (Não desprezes o teu joelho, não terás outro socorro com
qual você pode levantar-se. Quando você vir o bico da galinha, sauda-o porque a galinha não tem cara!) Pode ser que ele não
lhe aceite; porque Kalekela não gosta quem o saúda ajoelhado. Mas irmãos! Não
se enganem! Aproveitem nele a cura, a saúde, as Bênçãos e tudo! Saude-o e
beije-o se quiser!”
Conversaram, até à meia noite, e depois
retiraram-se e cada um foi para sua casa dormir. Mas a gente do bairro ficou
triste, e não queria ir-se embora, o que eles queriam, os do mussonguir, não
eram leis e conselhos dos velhos; queriam a música do Kalekela.
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